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INFORGANIZAÇÃO - Décadas depois


O artigo "Inforganize-se"" foi publicado em maio de1996 na jornal especializado Computerworld, em duas páginas. Décadas depois permanece 100% válido. Agora, exatamente as mesmas idéias navegam em novas palavras: "analytics", BI, transformação digital, cultura analítica, “self-bi", "leverage", "literacy", bimodal etc etc etc. Mas os conceitos fundamentais (e os problemas e soluções) permanecem essencialmente os mesmos.


Ás vezes (demais talvez), o autor lamenta não ter nascido na Califórnia, assim como por outros profissionais com que já trabalhou ou trabalha, Sem humildade, um artigo como este teria uma repercussão bem maior do que teve, inclusive no Brasil, se tivesse sido escrito em outra língua e apresentasse um brasão qualquer de alguma instituição desconhecida.


A seguir um resumo do Artigo:


Propõe-se a palavra "inforganização" como um símbolo de uma perspectiva informacional que insere pessoas como parte fundamental dos sistemas.


Um neologismo que engloba novos cenários e que pode facilitar debates sobre informações nas organizações. A palavra é formada a partir de, informação, organização e ação, caracterizando o profundo interrelacionamento entre os sistemas de informações e os processos organizacionais, além de deixar claro de que o objetivo é a ação efetiva. Para isto os “fatores humanos” são essenciais.


Em inglês se escreveria "inforganizaction" o que transmite mais claramente o aspecto dinâmico pretendido.


Enquanto a informática (TI) concentra suas atenções para os sistemas de informações e para os recursos tecnológicos envolvidos em seu funcionamento (meios), a inforganização foca nos relacionamentos entre os sistemas e o ambiente organizacional, convergindo sua atenção para o uso da informação (fins).


Pode-se comparar a informática com a engenharia de sistemas e a inforganização com a arquitetura de informações. A inforganização não substitui a informática, mas a complementa, adicionando elementos do contexto organizacional.


Na inforganização os recursos humanos desempenham papéis essenciais. Eles são a origem, o destino e os desenvolvimentos do ambiente inforganizado, capazes de traduzir informações em ações direcionadas aos objetivos ("know-what") e também promover o indispensável realinhamento dos próprios objetivos ("know-why").


Na inforganização o "know-what" e o "know-why" têm prevalência sobre o "know-how".


Ressalte-se que o recurso humano é considerado parte indissociável do ambiente inforganizado, ele faz parte do sistema não sendo, por consequência, apenas "usuário" do mesmo. Em situações estratégicas e táticas este aspecto tem ainda maior relevância.


Os “sistemas” são dos usuários e a responsabilidade principal para suas evoluções também.


O objetivo é criar as melhores condições para que as informações potencialmente úteis sejam realmente utilizadas. O conceito de utilidade é essencial para diferenciar dado de informação. Tudo para obter melhor efetividade nas organizações e, por consequência, melhores resultados tangíveis e intangíveis.

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